Ciclistas reclamam da falta de conservação nas ciclovias e ciclofaixas na região de Itaquera
Sujeira, buracos e acabamento mal feito causam insegurança para quem usa o modal.
A falta de conservação das ciclovias, entre limpeza e manutenção, é a principal reclamação dos ciclistas que usam as avenidas Dr. Luis Aires (Radial Leste), Águia de Haia, Aricanduva, Jacu Pêssego e José Pinheiro Borges (Tiquatira).
O entregador Cauã usa a bicicleta diariamente na região de Itaquera onde mora e se queixa da sujeira na ciclovia onde mais trafega, a avenida Aricanduva. Ele reclamou
sobre o lixo que as pessoas jogam nas ruas e calçadas.
“Sou daqui de Itaquera, mas trabalho no Carrefour do Carrão. Diariamente eu tô aqui, óh! pra lá e pra cá. O que eu vejo bastante areia que escorrega bastante e vidro, pelo
menos uma vez na semana tem que remendar o pneu. Pessoal joga bastante lixo na rua, e acaba vindo para o canto e sobra para gente”
Um estudo produzido em 2022 pela Associação dos Ciclistas Urbanos de São Paulo (Ciclocidade) indicou que uma a cada cinco vias (19%) precisava de algum tipo de
atenção, sendo que 5% representavam naquele momento um risco à segurança dos usuários por causa de buracos, ondulações na pista ou pela falta de sinalização.
Muitos que usam a via para trabalhar sofrem com pneu furado por conta de caco de vidro, pregos e materiais perfurantes espalhados pelas vias. O risco é maior, quando o
ciclista sai da via para fugir de buraco, lixo e entulho espalhado e segue em ruas e avenidas colocando a vida em risco no meio do tráfego de carros, ônibus e caminhões.
Por conta do abandono das ciclovias e ciclofaixas, adeptos ao modal, que usam avenidas e ruas, perderam a vida em ruas, avenidas e rodovias, eram ciclistas que
usavam a bicicleta como meio de transporte, para trabalhar, por esporte ou lazer.
Outras vítimas foram atropeladas nas ciclovias por imprudência de motoristas ou porque a ciclovia estava ocupada por um veículo e precisou desviar.
A prefeitura de São Paulo prometeu a manutenção das vias, na gestão de Ricardo Nunes (MDB), em São Paulo e contratou em setembro de 2022 o Consórcio
Manutenção de Ciclos SP, constituído pelas empresas M4 Construções e Sinalisa, para tocar um programa permanente de conservação das ciclovias e ciclofaixas da cidade.
O contrato, no valor de R$ 64,4 milhões, é válido por 12 meses. Passado um terço desse prazo, apenas uma ciclovia, a da Avenida Jair Ribeiro da Silva, em Interlagos,
teve sua manutenção concluída, ao custo de R$ 1,98 milhão. O trecho reformado, de 2,2 quilômetros, representa 0,3% da malha cicloviária de São Paulo (731 km).
As reclamações contra a gestão do prefeito são inúmeras, além das vias apagadas, de acordo com as entidades e organizações cicloativistas, os mesmos denunciam o
descaso à lei de trânsito por motoristas infratores que estacionam nas ciclovias e não respeitam as faixas exclusivas para ciclistas.
A evidência, quanto ao desprezo à opção de mobilidade, de acordo com a reclamação dos ciclistas é a prova de ciclovias e ciclofaixas que são apagadas para beneficiar
moradores e comerciantes contrários ao modal, destacam ciclistas, os mesmos enfatizam que não há fiscalização e nem punição quanto a infração à lei de trânsito, da
invasão e estacionamento indevido de motorizados.
Ciclistas defendem que, enquanto as subprefeituras não conservam as ciclovias e ciclofaixas, o ideal seria que a população conseguisse manter a limpeza, não jogar lixo
na rua, descartar caco de vidro, produtos pontiagudos e madeiras nos Ecopontos.
Todas as informações podem ser obtidas pelo portal 156, bem como os horários da coleta seletiva, do caminhão do Cata bagulho e endereços do Ecoponto
Reportagem: Márcia Brasil
Fonte: CET / Ciclocidade / Prefeitura de São Paulo
Imagens: Márcia Brasil
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